domingo, 19 de agosto de 2007

Regulamentação? Pra quê?

Há certas pessoas (muitas, ainda) que levantam questões bastante plausíveis sobre a regulamentação exercida pelas várias entidades reguladoras, pondo em causa, não apenas regulamentações particulares mas sim todo o conceito de regulamentação em geral.
Realmente, pra quê sermos regulamentados? "Não podes comer isto! Não podes fumar aquilo! Isto tem de ser feito assim! Isto tem de ser feito assado!" Que chatos, pá!, sempre a dizerem-nos o que é que podemos e não podemos fazer, até parecem nossos pais, e desses já muitos de nós nos livrámos (no sentido social, claro).

E já repararam na abusiva arrogância com que essas entidades vão dizer a pessoas adultas, vacinadas (algumas, ok) e, em muitos casos, com uma grande experiência de vida, "Ah e tal, tu não podes comer isso porque eu digo que te faz mal e eu é que mando!", ou o excesso de confiança com que se dirigem a uma empresa que, sem dúvida, só estará interessada em fornecer às pessoas produtos que melhorem a sua qualidade de vida (toda a gente sabe que todas as empresas têm a qualidade de vida dos consumidores como 1ª prioridade, embora algumas insistam que só estão interessadas no lucro rápido), e lhe dizem "Ah pois é, isso não pode ser vendido assim porque isto é mau para o consumidor!".

Isto é ultrajante!

...e se você realmente pensa assim STAY TUNED e arrisque-se a aprender umas coisas:

As empresas já o sabem mas ignoram a questão, e muitas das pessoas nem sequer se apercebem, mas todos temos de ter a humildade de reconhecermos que ninguém consegue abarcar, por si só, todos os domínios do conhecimento necessários ao total entendimento e compreensão de todos os pormenores da nossa vida quotidiana. E se, como de uma equação matemática se tratásse, somarmos o facto de ser o nosso objectivo como comunidade humana tentar sempre atingir uma sociedade com um nível cada vez maior de eficiência e fluidez, então é indispensável que remetamos para entidades especializadas, credível e idóneas, a salvaguarda dos nossos interesses (sendo o da saúde o de maior destaque), sobre domínios do conhecimento que não controlamos.

Estas entidades só nos vêm aliviar a carga intelectual em campos em que a sua contribuição para uma sociedade sustentável seja inegável (isto em teoria, obviamente, embora tenhamos conseguido bastante bons exemplo mesmo em Portugal).
E vivendo nós num quotidiano que nos bombardeia tão incessantemente com todos os tipos de informação variada, há certa informação que, sendo unanimemente aceite pela sociedade ou comprovadamente indispensável à melhoria das nossas condições de vida actuais, pode ser usada por entidades que, com essa mesma informação, filtrem todos os produtos e serviços que chegam ao consumidor final, dando-nos assim, uma segurança extra em relação a riscos conhecidos que, por falta de conhecimento técnico específico, não poderíamos evitar de outra maneira.

Não acham importante haver uma entidade de previne o uso de todas as substâncias comprovada e exclusivamente negativas para a saúde na criação e confecção dos nossos alimentos, ou preferem ser cada um de nós a deter o conhecimento técnico e científico que nos permita indentificar um alimento que nos faça reconhecidamente mal?
E não teremos nós o direito de saber toda a informação sobre um serviço que nos é prestado ou teremos nós de nos sujeitarmos a um serviço do qual desconhecemos as cláusulas do exercício do mesmo?

É isto que é suposto as entidades reguladoras fazerem: proteger-nos do que é comprovada e exclusivamente negativo e dar-nos as condições necessárias a uma escolha responsável e consciente para lidarmos com o que é ambíguo.

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